A CRIANÇA FERIDA TORNA-SE O ADULTO FERIDO

Porque reages como reages? Talvez não te detenhas a perguntar-te, mas acredita que isso fará toda a diferença. Porque é que certas coisas te irritam tanto? Porque é que há momentos em que perdes o controlo? As tuas emoções não surgem do nada. Alguma vez te questionaste sobre o que as provoca? Sem dar-te conta, repetes o que aprendeste na tua infância… 

A criança que nunca se sentiu escutada, como adulta levantará a voz sempre que sentir que a ignoram. Não é agressiva, apenas procura ser ouvida.

A criança que foi castigada por chorar, como adulta ocultará as suas lágrimas sempre que sentir dor. Não é insensível, apenas aprendeu a esconder o que sente.

A criança que cresceu sem receber afeto físico, como adulta evitará os abraços cada vez que o carinho se aproxime em demasia. Não é fria, apenas teme o que nunca conheceu.

A criança que teve de ser forte para os outros, como adulta negar-se-á a pedir ajuda quando precise. Não é orgulhosa, apendas aprendeu que a vulnerabilidade não era uma opção.

A criança que foi criticada constantemente, como adulta duvidará das suas capacidades cada vez que enfrente um desafio. Não é insegura, apenas leva consigo as palavras duras que a marcaram. 

A criança que teve de aprender a gerir as suas emoções sozinha, como adulta afastar-se-á cada vez que sentir a emergência do amor. Não é cobarde, apenas tem medo.

A criança que cresceu no meio de discussões, como adulta evitará os conflitos a todo o custo. Não é submissa, apenas aprendeu que o confronto traz dor.

É simples. Todos/as gostamos do mesmo: sermos felizes, sermos queridos/as e sermos bons/boas; a pessoa que nada faz para viver nestes termos, nada faz não porque não queira, mas porque as suas feridas o/a impedem. 

Não estará na altura de tratá-las?

Na vida, todos/as enfrentamos momentos de escuridão e desafios que parecem inultrapassáveis. Sentimentos de ansiedade, o peso de traumas passados e a tristeza de amores perdidos podem deprimir-nos, deixando-nos com a sensação de que a tormenta nunca acabará. Fechamo-nos num loop – racionalmente percebemos o que estamos a fazer, mas não conseguimos parar, porque as emoções aguardam o cuidado que lhes não dispensamos. 

Se estás preparado/a para transformar a tua relação desde o amor próprio e a segurança emocional, parabéns: chegaste! 

Sabe mais em consultório.
Aqui para ti.

Com estima,
Carlos Marinho

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